Morreu na noite desta terça-feira (27), aos 87 anos, o escritor Millôr Fernandes. Humorista, dramaturgo, desenhista, poeta e jornalista, ele faleceu em sua casa, no Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla de órgãos. O velório será realizado até as 15h desta quinta-feira (29), no Rio, quando o corpo seguirá para cremação. As informações são do cemitério Memorial do Carmo.
Em fevereiro de 2011, o humorista sofreu um AVC isquêmico e recebia tratamento em casa, quando teve que retornar ao hospital, no final de junho, por causa de uma pneumonia.
Nascido no bairro carioca do Méier, em 16 de agosto de 1923, Millôr foi registrado oficialmente em 27 de maio de 1924. Com um ano, ficou órfão de pai e, aos 10 anos, de mãe. Ao longo da vida, se firmou como um dos mais importantes e atuantes intelectuais brasileiros. Adaptou e escreveu obras para teatro e para televisão, além de ter imortalizado diversas frases e aforismos.
Em 1946 , fez sua estreia literária com o livro "Eva Sem Costela". Sete anos depois, foi montada sua primeira peça de teatro, "Uma Mulher em Três Atos". Em 1964, aos 41 anos, editou a revista humorística "O Pif-Paf", considerada uma das pioneiras da imprensa alternativa. Quatro anos depois, participou da fundação do jornal satírico "O Pasquim", uma das vozes mais ativas contra a censura e o governo militar durante a ditadura nos anos 70. A publicação teve colaboração de Ruy Castro, Paulo Francis, Ivan Lessa, dos cartunistas Jaguar e Ziraldo, entre outros nomes importantes do jornalismo brasileiro.
"Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim." (Millôr Fernandes)
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