quarta-feira, 28 de março de 2012

A busca pela qualidade

O Brasil avançou na universalização do ensino básico, mas tem de melhorar o nível das escolas. O desafio de incluir todas as crianças e jovens na escola está sendo vencido, mas a qualidade do ensino é ruim e segundo a Unesco o país possui um grau médio em desenvolvimento educacional.
Quase todas as crianças a partir dos 7 anos estão matriculadas, e a taxa de alfabetização continuou a subir, chegando a 90,37% das pessoas com mais de 15 anos, pelo último Censo. Mas isso ainda é um processo lento, uma vez que em 2010 tínhamos 13,9 milhões de analfabetos, um total que coloca o país entre os dez maiores contingentes de pessoas nessa situação.
A partir da década de 1990, o governo adotou medidas e programas para reformular a educação, o que inclui a criação de fundos para o repasse de recursos e exames de avaliação dos níveis de escolaridade. Uma mudança que embora apresente resultados, ainda é muito pouco do que tem que ser feito.
No ensino médio, a evasão escolar é muito elevada, pois parte dos jovens de baixa renda prioriza o trabalho,e o nível de repetência é alto. Esse é um dos grandes desafios do governo: Fixar a presença contínua de jovens na faixa etária de 15 anos nas escolas.
Algumas medidas podem ser tomadas em relação a esses fatores, nos permitindo uma pequena comparação com alguns feitos pelo nosso governo em relação a pobreza no país, uma vez que adotaram um política social voltada para programas como o Bolsa Família, que por vez é uma ação incompleta, mesmo o Brasil conseguindo reduzir sua taxa de pobreza, que de 1994 a 2010, caiu cerca de 67%, o trabalho ainda é insuficiente e não extinguiu de vez a miséria no país.
Não que o uso de tal programa seja desnecessário, no entanto ele só não é viável e nem seria a melhor solução. Seguindo esse modelo adotado, poderíamos criar programas semelhantes porém com eficácia,e seguindo o bordão '' não vamos dar o peixe, mas ensiná-los a pescar.'' Como exemplo, a crianção do Bolsa Estudo e do Bolsa Trabalho.
Oferecendo um ensino de qualidade automaticamente a mão de obra seria qualificada, fazendo valer a filosofia da ''oferta x demanda.'' Assim o investimento em educação e trabalho, extinguia-se de vez aquelas pessoas que vivem no comodismo, amparadas por um programa que somente lhe trará um salário mínimo no máximo, irão ter a oportunidade de conquistar com seu próprio trabalho e qualificação profissional o seu sustento, pois '' nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai de sua boca.''
Outro fator que podemos levar em consideração, é adoção dos materiais didáticos na rede pública de ensino. São livros muita das vezes mal elaborados, com conteúdos atrasados e que faltam uma grande contextualização com o nosso meio. Um material que irá acompanhar os alunos durante um longo perído de quatro anos. Sendo '' surrado'' um conteúdo repetitivo e desatualizado.
O ideal seria livros que pudessem ser trocados por bimestres ou semestres, pois possibilitariam uma informação mais atualizada e sucinta aos nossos estudantes, assim acompanhando o ensino das redes privadas no país, diminuindo a desleal concorrência no mercado lá fora. Nesse contexto, que entraria a aplicação da Bolsa Estudo, onde um auxílio para aquisição do material seria destinado aquelas pessoas de baixa renda.
A busca pela qualidade é de cara o maior desafio do Brasil. Essa melhoria começa primeiro pela qualificação do corpo de professores, que precisam ser mais valorizados socialmente, com carreira estruturada e salários mais dignos e com instituições de ensinos com infraestrutura educacional adequada em todo canto do país. Um salto que exige grandes investimentos do Estado, mas que outros países já fizeram e com excelentes resultados como a Coréia do Sul.

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