segunda-feira, 9 de abril de 2012

O Poder Social


O poder é um fenômeno social, ou seja, só pode ser explicado a partir de fatores coletivos, sendo a sociabilidade sua primeira característica. A segunda, e não menos importante, é a bilateralidade, a qual indica que o poder é uma relação entre duas ou mais vontades, sendo que sempre uma predomina.

    Essas características são de fundamental importância quando se lança o foco de estudo sobre a necessidade, ou não, do poder social, culminando na sua legitimidade e legalidade. Os que negam a necessidade do poder social são designados genericamente por anarquistas, sendo contrários a um sistema de convivência em que uns homens estejam subordinados a outros. Atualmente, entretanto, predomina o entendimento de que o poder é necessário, impondo-se também o reconhecimento de sua legitimidade, o que se obtém mediante o consentimento dos que a ele se submetem.

    Um é um, dois é par, três é grupo. Assim se constitui uma sociedade, através de um determinado grupo de pessoas. Essa relação de convívio social se remete ao surgimento do poder. O poder ao qual pode ser definido como a faculdade se diferencia da autoridade que pode ser classificada como uma habilidade. Prevalece nesse caso aquele que com o poder é capaz de agir e com a autoridade é capaz de fazer, ou seja, ambos atrelados em prol do bem social.

    Ninguém exerce o poder isoladamente e dele se apossa. Para se difundir o poder é necessário um grupo ao qual esse poder será destinado. Não se deve ter o poder como instrumento de elevação ao status social, de dominação da raça humana, ou como o caminho de sobrepor uma imagem aos seus descendentes. O poder deve ser entendido como um valor que foi delegado a alguém através de suas competências para que assim o exerça de maneira democrática e social em relação ao seu povo.

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