Já dizia o grande nome da música popular brasileira Zé Geraldo, “enquanto esses comandantes loucos, ficam por aí queimando pestanas e organizando suas batalhas, os guerrilheiros nas alcovas, preparando suas surdinas nas mortalhas. E a cada conflito mais escombros.”
Sim, isso tudo aconteceu, acontece e pode acontecer, se ficarmos aqui, dando milhos aos pombos. Somos filhos de um sistema político, que já nos deixara órfão, antes mesmo de ter nascido. Não que a democracia seja algo desnecessário, no entanto ela só não acontece na prática.
Só não sei o que mata mais: se é o trânsito, a guerra, a fome, ou a pobreza de espírito. Temos como conceito de existência o comodismo. Já reivindicamos e fomos à luta, porém esquecemos de fundamentar nossas idéias, para assim concretizá-las. Algumas de cunho pessoal, outras sociais. Os coronéis já sentiram a força que emana do povo, mas é preciso mais, muito mais.
Enquanto na África a fome faz vítimas, no Brasil ela vira marketing político. Etiópia, Eritréia, Somália, Sudão, Quênia, Uganda e Djibuti são os países que mais sofrem com a fome, seca e condições financeiras. Enquanto na África o dinheiro é escasso, no restante do mundo ele é “prato cheio” para corrupção.
Mas o povo africano, mesmo com tantas dificuldades, se faz forte, se tornam fortes, e mostram que realmente são heróis. Heróis porque enfrentam a fome, a seca, as guerras. Heróis porque resistem a tanta miséria, mesmo que esta muitas vezes, tem como o preço, vidas.
No entanto, essa situação não foge muito de nossa realidade. Segundo dados estatísticos, 54 milhões de pessoas passam fome na América Latina e 33 milhões na América do Sul. Números que chegam a ser alarmantes e devastadores.
Certamente, se nosso sistema político fosse algo com mais embasamentos, se nossas leis não tivessem tantas brechas, e se nós cidadãos exercesse o real papel de cidadania, os problemas enfrentados não se extinguiriam por vez, porém seus impactos seriam amenizados, e conseguinte menores.
As máscaras estão caindo, mas o povo precisa atuar mais. Seja através do voto consciente, de ações sociais, enfim, temos que sair desse comodismo e mostrar para nossos coronéis que a plebe pode até causar tumulto, mas a revolução é o povo.
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