
Os que
sustentam que a sociedade provém de um acordo de vontades são classificados
como contratualistas. Afirmam que só a vontade humana justifica a vida em
sociedade. Thomas Hobbes, em 1651, na obra Leviatã, defende que, inicialmente o
homem vivia em estado de natureza, designando-se por essa expressão tanto os
estágios primitivos quanto a situação de desordem que se verifica quando o
homem não tem suas ações reprimidas. Essa repressão pode acontecer de duas
maneiras: pela razão ou pela presença de instituições políticas eficientes.
Como reação
ao contratualismo hobbesiano, surgiram teorias, como a de Montesquieu, autor de
Do Espírito das Leis. Ele não deixou de lado o contratualismo, porém foi
contrário à ideia de que a sociedade tem a sua existência ligada à necessidade
de conter a guerra de todos contra todos, tal qual havia sido proposto por
Hobbes. Segundo Montesquieu, o homem sente sua fraqueza e está constantemente
atemorizado, agregando-se para se fortalecer. Antes do estabelecimento da
sociedade, a paz é a primeira lei natural.
Montesquieu
não menciona um pacto inicial responsável pela transposição do estado de
natureza. Rousseau, por seu turno, em 1762, na obra O Contrato Social, adota
posição semelhante à de Montesquieu, no que diz respeito à predominância da
bondade humana no estado de natureza. Por outro lado, ele foca a
transitoriedade, momento em que chega a um ponto no qual os obstáculos que
atentam contra a conservação humana alcançam um nível tão excessivo que o homem
perece se não mudar o modo de ser. Então ocorre o contrato social, alienação
total dos direitos de cada um em prol da comunidade.
Nesse
contexto, podemos finalizar com uma afirmação de Dalmo Dallari (2003, p. 17):
“Nesse instante o ato de associação produz um corpo moral e coletivo, que é o
Estado, enquanto mero executor de decisões, sendo soberano quando exercita um
poder de decisão”. Sendo assim, entendemos que a ordem social é um direito
sagrado que serve de base a todos os demais, mas que esse direito não provém da
natureza, encontrando seu fundamento em convenções.
Para se libertar, o homem prende-se a coletividade (sociedade). Muito bom o artigo.
ResponderExcluirAndré Luiz Lemos.
o homem ainda nao aprendeu a se encontrar na sociedade e tem aqueles que se alto excluem com pensamento que sociedade e apenas um conjunto com interreses comuns seguindo um sistema que nem sabe que o fez, homens seres pensantes em sociedade uma manada intelectual que banaliza sua especie e os preda sem conceitos, muitos e grandes filosofos definiram sociedade, segundo sua visao essa mesma sociedade influenciada que sofre transformaçoes tao rapidas que fica quase impossivel descreve la.
ResponderExcluirParabéns! artigo bem escrito, sucinto e exemplificativo. Você vai longe.
ResponderExcluir